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Executivos no automático: por que estamos apagando incêndios e perdendo a vida no processo?

Atualizado: 1 de jul.


Rosier Alexandre no topo do Aconcágua

A busca por produtividade a qualquer custo tem nos tornados especialistas em apagar incêndios — e péssimos em construir rotas de longo prazo. Planejamento pessoal e estratégico são negligenciados, enquanto a urgência consome o que é essencial.

Certa vez, ouvi uma frase que me marcou profundamente:

"A vida só é plena quando aprendemos a comer comendo, a caminhar caminhando e a dormir dormindo."

Simples, mas brutalmente verdadeira. Estamos comendo diante de telas, caminhando respondendo mensagens e dormindo com a cabeça ainda no notebook ou na primeira reunião do dia seguinte. Esta armadilha do “depois” nos coloca em modo de vida multitarefa e nos insere no modo piloto automático, desconectados do agora — e isso cobra um preço alto.

O filósofo Clóvis de Barros Filho afirma que felicidade plena talvez não exista, mas momentos felizes sim — e são aqueles que não gostaríamos que terminassem nunca. No entanto, esses momentos estão ficando cada vez mais raros.

Vivemos esperando o fim de semana, o fim do mês, o fim do ano... e, inconscientemente, desejamos o fim da vida, como se lá na frente houvesse uma promessa de felicidade que o presente não pode oferecer.

Estamos acumulando um déficit silencioso para líderes e empresas. Além do impacto humano, esse estilo de vida tem consequências diretas no desempenho das empresas. Um estudo da Harvard Business Review mostrou que líderes conscientes, que praticam atenção plena (mindfulness), tomam decisões mais eficazes, têm equipes mais engajadas e evitam o burnout com mais frequência. No entanto, estes líderes ainda são minoria.

Para você que tem posição de liderança, quero te fazer um convite à reflexão (e à ação). A pergunta que deixo para você, é:

Você está construindo um futuro ou apenas sobrevivendo ao presente?

Minha sugestão é simples e profunda: esteja onde seus pés estão. Viva o momento presente com a consciência de que esse momento é sua maior riqueza. A felicidade — e a liderança verdadeira — começa no agora.

 
 
 

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