Quer mudar o Brasil? Comece quando ninguém estiver olhando

Estamos vendo o Brasil sangrar por dentro. Escândalos de corrupção, notícias de fraudes, desvio de verbas, injustiças escancaradas. Todas as críticas são justas - a corrupção destrói nações por dentro como uma doença silenciosa.

Mas a pergunta que nunca cala é: até que ponto somos diferentes daquilo que criticamos?

A corrupção que condenamos com tanta veemência também se manifesta nas pequenas atitudes do dia a dia quando furamos uma fila, quando falsificamos um atestado, quando compramos um produto pirata ou roubado ou quando damos aquele “jeitinho” para burlar uma regra.

E o pior: muitos ainda se orgulham dessas ações como se fossem sinal de esperteza, e não de desvio de caráter. A verdade é dura, mas é também libertadora: Você não precisa roubar milhões para ser corrupto, basta normalizar o pequeno erro quando ninguém está vendo.

O “jeitinho brasileiro” pode parecer inofensivo, mas é ele quem sustenta a cultura da vantagem a qualquer custo. E uma sociedade que cultiva esse comportamento não tem base moral para cobrar ética dos seus representantes. É fácil apontar o dedo para quem está no topo. Difícil mesmo é assumir que a mudança começa no espelho, dentro de cada um de nós. A ética mora naquilo que fazemos quando ninguém está nos vendo. Não existe honestidade seletiva, quem só age corretamente quando há risco de ser filmado ou punido, não é honesto. E você valoriza mais a sua reputação ou o seu caráter? Quais são os valores que guiam a sua vida?

O Brasil que sonhamos será construído, tijolo por tijolo, a partir de decisões pessoais e silenciosas. No trânsito, na fila do banco, na declaração de imposto, na educação dos filhos.

Não transfira a responsabilidade, não terceirize a mudança, se queremos um país mais justo, precisamos ser cidadãos mais íntegros. E isso começa com você, comigo, com todos nós.

Quer transformar o Brasil? Então comece agora, seja ético desde as pequenas atitudes.