Por que desejamos o fim de semana? O perigo de viver sempre no futuro

Diariamente, vemos pessoas reclamando da falta de tempo, da correria e da pressão constante. Muitos vivem apagando incêndios, sem sentir verdadeiramente o que estão fazendo ou parar para planejar o próprio futuro com calma.

Certa vez, ouvi um amigo dizer algo que nunca esqueci: a vida só é plena quando aprendemos a comer comendo, caminhar caminhando e dormir dormindo. À primeira vista, isso pode soar estranho, mas faz todo sentido. Estamos comendo enquanto assistimos TV, caminhando enquanto respondemos mensagens nas redes sociais ou e-mails, e tentando dormir enquanto a mente está presa nas preocupações do dia seguinte.

Vivemos em um modo acelerado, no qual o presente é constantemente ignorado. Estamos sempre pensando no que acabou de acontecer ou no que ainda vai acontecer. Assim, nunca estamos realmente no agora.

No meio dessa loucura, a felicidade vai ficando em segundo ou até terceiro plano. O filósofo Clóvis de Barros afirma que:

"a felicidade plena talvez não exista, mas que existem momentos felizes— aqueles que gostaríamos que nunca acabassem". Esses momentos, no entanto, tornam-se cada vez mais raros em uma sociedade que vive correndo.

Estamos sempre desejando que tudo termine logo. Esperamos ansiosamente o fim da semana, o fim do mês, o fim do ano... sem perceber que, assim, estamos desejando o fim da vida. E por que tanta pressa? Por que queremos tanto fugir do presente?

A felicidade está no agora. Está na sua casa, no trânsito, no seu trabalho — onde quer que você esteja. O meu convite é simples: viva o momento presente como uma dádiva, porque é isso que ele é. Quando você escolhe estar presente de verdade, vive em plenitude e tem mais chances de experimentar momentos genuinamente felizes.